terça-feira, 1 de abril de 2008

Tema do dia: VIOLÊNCIA

Parece que o nível de violência do nosso país tem vindo a decrescer pelas estatísticas, dado que existe uma diminuição de 36% de registos de violência de 2006 para 2007. Contudo cada vez se ouvem mais queixas entre a população portuguesa e são cada vez mais os caso que aparecem nos jornais.

Consta que andar à noite (parte do dia mais propicia a assaltos) sem preocupações, sem olhares à retaguarda em busca de vultos suspeitos é já uma actividade que pressupõe alguma dificuldade. Os assaltos passaram a ser constantes, com utensílios à mistura (facas, armas de fogo, etc.), e para as vitimas já não é uma sorte não lhes levarem nada, mas sim ficarem vivos ou sem ferimentos graves.

Mas a violência não se resume aos assaltos. Acrescente-se a esta realidade os abusos domésticos, ou as complicações na área do ensino, entre professores e alunos. E irei resumir-me a esta última de modo a não prolongar este post.

Desde alguns anos que os profissionais desta área se sentem ameaçados e inseguros devido à alta de respeito e abuso por parte dos alunos dentro das quatro paredes de uma sala de aula. Contudo, parece que só agora se ganhou coragem e se começa a desvendar algumas destas situações, tornando púbicas as desavenças entre docentes e discentes.

Parece inconcebível, mas o ensino tem vindo a tomar precursões que nunca se imaginara no passado. Antigamente quase se fazia continência perante os senhores professores e estes eram a figura a quem se devia obediência e estima, porém, nos tempos que correm, esta imagem tem-se tornado cada vez mais rara. Os alunos revelam uma postura lamentável ao serem violentos a mal formados para com o professor. Um exemplo destas atitudes é a notícia que tem sido manchete em todos os jornais, onde uma aluna entra em desavença com a docente por esta lhe ter retirado o telemóvel (sabendo que a utilização deste utensílio é proibida, a “menina” não se coibiu de o usar, levando a uma atitude mais drástica da professora, tendo a situação acabado em gritos e insultos trocados entre as “personagens principais da trama”).

É deveras triste ver estas atitudes por parte dos alunos, e saber que esta é a geração que deixamos como herança. Contudo a culpa não pode ser apenas colocada sobre os ombros dos jovens. A educação começa em casa e se os pais não dão o exemplo a seguir, se não ensinam a diferença entre o certo e o errado, não são os professores que o vão fazer. Apesar destes cada vez mais terem uma maior cota parte na educação e desenvolvimento dos jovens, só têm como obrigação forma-los academicamente, cabendo aos pais a formação como indivíduo pertencente a uma sociedade, como cidadão “equilibrado”, pois é desde criança que a educação deve ser implementada, de forma a que a evolução do ser humano siga o caminho correcto, e não o do crime.

É nos nossos descendentes que devemos investir, são eles o futuro do nosso país. Se criamos criminosos, o futuro não se apresenta muito agradável. É preciso investir na educação desde o inicio da vida, é preciso ter pulso firme e dizer não, castigar quando necessário, para se poder transmitir a mensagem do certo e errado. Afinal é desde o primeiro dia que o indivíduo começa a formar a sua personalidade e, se não se investir desde cedo nos futuros jovens, será impossível fazer a sua reabilitação quando atingirem a idade adulta.

É essencial repensarmos a educação que transmitimos os nossos descendentes e mudar o que está errado para que a esperança nas próximas gerações nunca morra!

3 comentários:

Carina disse...

Tens razão Jô antes era o "80",agora vive-se o "momento do 8". Bem na realidade os alunos não respeitavam os "senhores professores",tinham era um medo enorme deles,mas agora é demais não há respeito nem educação..nada.Ainda me lembro quando eu andava na secundaria (e não foi assim há tanto tempo)não havia esta falta de respeito dentro da sala de aula.Mas,mais uma vez digo:tens toda a razão.A educação começa em casa,são os nossos pais que tem de nos educar e não os "senhores professores".A desculpa k inventam é sempre a mesma:"Coitadinha o pai/a mãe abandonou-a quando era pekenina,é uma criança traumatizada". PETA,GRANDE PETA.Se levassem umas boas palmadas no rabo qdo eram pekeninos (e mereciam leva-las atenção ñ tou a dz k se deve bater nas crianças por td e por nd), elas qdo "adultas" iriam respeitar a figura "superior" k está à frente delas e tem a missão de lhes ensinar algo k fará delas/deles uma/um grande mulher/homem.

*****

An0rMaL_DoX6070 disse...

Oi!
já li o post (finalmente....)

A violência em Portugal tem vindo a aumentar como consequência do desenvolvimento do país. Além disso, o estado em que se encontra o país não abona muito a favor dos que se vêm forçados a cometer crimes para sobreviver. Já os que o fazem sem ser por necessidade, tens razão, o problema é a educação que se lhes dá.

Neste sentido, e falando agora no caso particular das escolas, os pais têm mais de metade (têm praticamente toda) da culpa de situações como a da Carolina Michaelis (que, diga-se de passagem, comparativamente, é das menos graves que por aí acontecem).
Há aliás, vários casos (muitos deles foram denunciados agora, depois do caso supracitado) de encarregados de educação ou pais que, depois de serem chamados à escola para se inteirarem do mau comportamento dos filhos, fazem o mesmo que estes (agridem e insultam os professores, etc...).
Por isso o apelo que fazes, só é válido para quem o quiser ouvir. Porque muitas das pessoas a quem está entregue a educação da nova geração, não tiveram eles mesmos essa educação, ou não se preocupam o suficiente com esse assunto para agirem quanto a ele.

"To sum it up", (looool) há que começar a pensar que ter filhos não é só a "parte divertida" de os fazer e a "parte chata" de os criar. É também o desafio de os educar e fazer com que cresçam como pessoas responsáveis e que, não deixando de pensar por si próprias, se consigam integrar na sociedade em que vivem, sabendo respeitar aqueles a quem o respeito é devido.

beijo :)

Final notes:
[Ao escrever o comment voltei a "sair de mim mesmo" e reparei que eu próprio não sigo o que acabei de dizer, muitas vezes. Não por ter sido mal educado, ou por achar que o deva fazer, mas porque sinceramente, não dou conta disso na altura. Assumindo toda a improbabilidade de que tal aconteça, se alguém que tenha sido professor meu vir este comentário, peço desculpa por alguma coisa, não sei bem o quê, mas peço. looool]

[Reparei que fartei-me de usar parêntesis. Curvo e agora recto. Estou 'ON FIRE'! xD]

Di disse...

eu sei que esperas um comentario decente mas isto anda complicado.

Será que andamos mais zangados? Mais chateados com o mundo? Eu sei que de vez em quando ando... Pergunto-me porque é ele um local tão duro se poderia ser tão bom. Mas os culpados somos nós. Estragamos e complicamos o que poderia ser simples.

Não sei se a educação será a única responsável. Claro q ate pela forma como fui educada devia achar que sim. Mas as pessoas fazem coisas q não são ensinadas a fazer tal como dizem palavras ou frases que nunca lhes foram ensinadas.

Em relação ao respeito pelo professor, também eu já fui insubordinada e não fui sequer repreendida pelos meus pais. Claro que não foi uma cena sequer parecida com a que por aí circula mas na altura a professora também foi incorrecta e eu não era de levar desaforo para casa. Seja como for não há qualquer desculpa para passar para o físico.

pronto. acho que era isto.****