domingo, 17 de agosto de 2008

Sexo e a Cidade

Para quem é fã destas quatro hilariantes Nova-Iorquinas, esta foi a cereja sobre o bolo! O filme “Sexo e a Cidade” (continuação da serie do canal norte-americano HBO), de Michael Patrick King, faz qualquer um esboçar um sorriso, enquanto se enternece com os momentos tão reais que cada uma das personagens tem!

Neste “último episódio”, Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) é deixada no altar pelo seu mais que tudo Mr.Big (Chris Noth), com quem já tantas vezes tinha terminado e reatado. Evidentemente, entra num estado depressivo, do qual as suas amigas Samantha Jones (Kim Cattrall), Charlotte York (Kristin Davis) e Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) a tentam tirar. Aos poucos e poucos, esta personagem, louca por sapatos e moda, volta a esboçar um sorriso que lhe permite dar um passo em frente.

Contudo, durante esta sua guerra para sair do caos em que se estava a afundar, Carrie percebe o que é que tornou o seu dia de casamento num dia tão cinzento, o que falhou, o que faltou para o seu sonho não se ter realizado. Durante a sua busca pela verdade, Carrie começa a observar as suas eternas companheiras e analisa todos os acontecimentos das suas vidas, que não são poucos, e, com uma pitada de razão, percebe o que se perdeu pelo caminho. Afinal, o que fez a paixão cair por terra foi esta sua busca obsessiva pela perfeição que sempre a acompanhou. A paranóia de tentar racionalizar tudo, para nada falhar nas suas relações, foi quase fatal! Pensar em todos os pormenores, programar todos os passos, quase a enterrou viva!

No final desta introspecção, a romântica Nova-Iorquina percebeu que não podia ser lógica no que toca a este sentimento tão puro porque tudo o que estava ligado ao amor era ilógico, pois tudo o que “o envolve” é lunático, desprogramado, e essa é a ponte que nos permite sonhar! O que era preciso era deixar-se ir pela corrente e aprender a andar pela mão de outra pessoa, sem perguntas nem explicações!

Permitir-se, a si própria, entregar a sua vida a alguém de olhos fechados, sem medos ou espreitadelas rápidas. Ser capaz de confiar acima do que nos é permitido e sorrirmos por sermos capazes de o fazer! Sem explicações ou lógicas rebuscadas, mas sim, apenas porque sim!

“Sexo e a Cidade” – o filme leve que nos faz esboçar aquele sorriso majestoso.